Mato Grosso caminhando para paralisão total: Policiais esperam proposta salarial até 5ª e prometem Greve

28/06/2011 15:04
Policiais civis esperam proposta salarial até 5ª; na sexta, entram em greve.

O Governo tem até quinta-feira, 30, para apresentar uma proposta de reajuste salarial para os agentes policiais. Caso isso não aconteça, a categoria promete cruzar os braços a partir de sexta-feira. Uma situação preocupante, especialmente agora que os índices de violência no Estado tem atingido índices alarmantes. Os policiais civis de Mato Grosso protocolaram hoje um documento que se refere a um indicativo de greve.

O presidente Sindicato dos Investigadores da Polícia Civil e Agentes Prisionais de Mato Grosso (Siagespoc), Reginaldo Negrão, informou que para a greve ser legal é preciso dar prazo para que o governo apresente alguma proposta, caso isso não aconteça na sexta-feira os trabalhos serão interrompidos.

Há alguns dias, mais de 400 policiais civis de Mato Grosso foram falar com a Comissão de Segurança do Estado da Assembléia Legislativa para reivindicar o reajuste salarial. Os serviços chegaram a ficar interrompidos por 48h, funcionaram apenas os plantões emergenciais, mas não houve nenhum avanço no pedido da categoria.

Ao todo são 1.760 investigadores e 380 escrivães distribuídos nos 141 municípios mato-grossenses. As duas categorias buscam realinhamento da carreira, o que representaria um reajuste dos atuais R$ 2.365 mil para cerca de R$ 6 mil iniciais.

O presidente do Sindicato dos Investigadores da Policia Civil (Siagespoc), Clédison Gonçalves afirma que as carreiras de escrivão e investigador devem ser equiparadas com a do perito, que ganha atualmente R$ 6 mil. Além disso, os investigadores se dizem prejudicados em detrimento dos delegados, que poderão ter aumento salarial de 11% e chegar ao montante de R$ 18 mil mensais.

Gonçalves trata a questão salarial como “uma injustiça” do Governo. “O delegado e o perito não trabalham sozinhos. Mas querem remunerar bem uma categoria e não a outra", ele contestou, ao destacar os riscos enfrentado pelas carreiras.

A Secretaria Estadual de Administração (Sad) insiste que a categoria já foi contemplada com o reestruração da tabela salarial pela Lei Complementar nº 344, de 24 de dezembro de 2008, fixando subsídio para os anos de 2008, 2009, 2010 e 2011. A exceção do ano de 2008, quando o subsídio passou a valer a partir do dia 1º de dezembro, nos demais anos a data base foi 1º de maio.

Segundo o Governo, com a reestruturação da tabela, os investigadores e escrivães receberam um aumento real de 48,66% no valor inicial da tabela, no período entre 2008 e 2011, alcançando o valor inicial de R$ 2.365,55 e final de R$ 5.250,00, além dos 22,21% da revisão geral anual com base no Índice Nacional de Preço ao Consumidor (INPC), totalizando 70,87%, no mesmo período,
 

Fonte:24 Horas News